Considerando que os líderes precisam alcançar suas metas trabalhando por meio dos demais, faz sentido, quando um novo líder vem à bordo, que uma de suas iniciativas-chave seja engajar as pessoas ao seu redor, certo? E isso – é claro – significa todas elas, incluindo o chefe (ou o conselho, no caso de um CEO), seus pares e seus subordinados diretos. Parto do pressuposto de que devemos inserir isso como parte da transição para o novo papel: criar oportunidades de influenciar.
Um fator importante para a influência é que as pessoas gostem de você. Se elas forem com a sua cara, você terá maiores chances de influenciá-las (quando for necessário fazê-lo). Uma forma de fazer com que isso aconteça é trabalhar com afinco nos relacionamentos. Veja, quando as pessoas gostam umas das outras, elas tendem a compartilhar valores, esperanças, experiências e um senso de humor semelhante. Procure oportunidades que permitam ampliar o conhecimento sobre as pessoas. Dessa maneira, você pode encontrar áreas de similaridade e, por meio delas, formas de trabalhar com elas e de se ajudarem mutuamente em prol das metas comuns.
No entanto, se você é um novo líder, sabe que esse tema pode sobrecarregá-lo consideravelmente, afinal há várias demandas que precisam ser atendidas no seu novo papel. Uma forma de contornar isso é ter um plano estruturado como parte do programa de integração.
Uma das questões-chave de tal plano é: como fortalecer sua conexão com os subordinados diretos?
Segue minha sugestão: agende uma reunião com cada um deles, ainda no seu primeiro mês de empresa. Leve a pessoa a um local neutro, para reduzir a possível tensão provocada pela diferença de poder hierárquico que existe entre vocês. Um café num shopping próximo é sempre uma boa pedida. Durante a conversa, detecte coisas que o ajudarão a aprimorar seu relacionamento, tais como:
- O que motiva o subordinado no trabalho que ele realiza na empresa;
- Quais são os planos de carreira dele, e o que você poderia fazer para ajudá-lo a ter êxito significativo;
- Quais são as experiências, interesses, hobbies e valores que você compartilha com ele;
- O que funciona bem no departamento dele;
- Como ele alcança com sucesso os resultados;
- O que o antecessor fazia que seria aconselhável você continuar fazendo;
- O que você não deve fazer como o antecessor fazia, que interferia no desempenho dele ou do grupo;
- Quais são os problemas mais imediatos que ele sente que você deveria resolver;
- Qual é uma potencial bomba-relógio que você deve evitar para ter êxito na sua função.
Encerre perguntando se há algo mais que você deveria ter perguntado e que não perguntou ou se há algo mais que a pessoa gostaria de acrescentar ou perguntar.
Para estas e outras habilidades, conte comigo.
Pablo
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